As vezes precisamos quebrar tudo para nos reconstruir!

 




Um pouco da história da minha reforma,

 

Quando comecei a reforma da minha casa, sabia que seria um grande desafio, principalmente por não ter planejado e meu orçamento ser limitado. Precisei abrir mão de muitas coisas para transformar meu lar em algo mais confortável e acolhedor. Hoje vou mostrar um pouco dessa trajetória para quem sabe inspirar você que está pensando em reformar a sua casa.

 

A mania de querer fazer o básico

Quando iniciei a busca por mão de obra, minha ideia era resolver o “Problema” do telhado que tinha goteiras e desse problema vinham outros como infiltração nas paredes, mofo e um grande desconforto.

Pensando em resolver apenas essa questão, chamei um pedreiro para fazer orçamento de colocação de manta adesivada sob as telhas. Mas quando ele subiu para avaliar, toda estrutura de madeira estava estragada e não seria possível “economizar”, então pedi orçamento para troca do telhado, comecei naquele momento a fazer as contas e vi que era possível com o dinheiro que tínhamos guardado e um pouco mais de investimento dar aquele primeiro passo.  

No dia em que tiraram as telhas, eu vi a casa destruída, ficou somente o esqueleto e ali eu vi que não bastava apenas trocar o telhado, a casa precisava amor, o piso antigo já estava desgastado do tempo, quase não tinha cor! As paredes que antes dividiam os cômodos em simples quartos já estavam condenadas a ruina, as janelas antigas emperravam sempre que abríamos. Mesmo sem condições, conversei com o pedreiro e fiz um orçamento para troca do piso, janelas, sem acabamento nas paredes e o preço me surpreendeu! Então abri mão de muitas coisas, economizei, fiz empréstimos e iniciamos mais essa etapa da obra.




Nada é tão simples como parece


                                  

Os problemas começaram logo no início, o pedreiro que contratamos estava terminando uma obra e só poderia nos atender aos finais de semana com uma equipe de 3 pedreiros, aceitamos pois estava se aproximando a época de chuvas e não conseguiríamos fazer essa obra embaixo de chuva. No dia que tiramos o telhado, cobrimos os móveis com lonas, não tínhamos condições de ir para outro local, então montamos alguns colchões na cozinha e assim ficamos aquela semana. Porém no dia seguinte a retirada do telhado, choveu muito! E com isso a maioria dos móveis que tínhamos estragaram, sofá, guarda-roupas, cômoda, mesa de computador... Foi triste, mas ao mesmo tempo eu pensava que isso era um sinal que merecíamos algo melhor.

Na mesma semana, o cenário era de completa destruição meu quintal estava totalmente preenchido de entulho, restos de madeiras, telhas, móveis quebrados, era impossível caminhar por ali. Então comecei a pesquisar formas de descarte desse entulho, na qual encontrei um senhor que fazia esse serviço, ele chegou no sábado as 06:30 da manhã com uma equipe de 5 homens, ensacaram todos os entulhos e levaram até o ecoponto (Local de descarte de entulhos, restos de obra e etc), terminaram o trabalho as 20:30 da noite, o cansaço no rosto deles era nítido e achei por bem dar um pouco a mais do valor combinado inicialmente. A sensação de alivio ao ver todo aquele entulho ir embora foi indescritível.

E assim, quando o pedreiro conseguia um tempo durante a semana ele vinha para adiantar algo e aos poucos a casa foi ganhando forma. Cada etapa, por menor que fosse eu agradecia e vibrava de alegria! Os materiais iam chegando e assim foi evoluindo.





 

Os acabamentos

Como mencionei, o orçamento com o pedreiro saiu a um preço razoável e para economizar eu não contratei os acabamentos, então as paredes ficaram somente com o reboco. Algumas paredes estavam estragadas, devido anos de infiltração e precisaram de tratamento com produtos. Por sorte, meu padrasto entendia um pouco de reformas então ele nos ajudou com esse processo de acabamento, eu também coloquei a mão na massa e hoje dou muito valor ao trabalho de um pedreiro.



Como economizei

É fato que em toda obra o mais caro são os acabamentos, então pesquisei muito no que poderíamos economizar, então desde o início busquei economizar e aqui deixo algumas dicas:

 1. Acabamento das paredes: Após a entrega da Obra as paredes estavam somente com o reboco rústico, então para economizar utilizamos Argamassa ACI para uso interno. O acabamento ficou perfeito, após a pintura ninguém diz que foi usado esse material. Uma lata de massa corrida de 25kg custa em média R$ 89,00 enquanto um pacote de 20kg de argamassa custa R$ 15,00.
2.  Pisos: Hoje em dia temos uma grande variedade de pisos, de todos os tipos, porém pesquisar é fundamental para entender o melhor custo benefício. Ao pesquisar encontrei um piso que estava com ótimo preço e era do nosso gosto, imitava madeira. Aqui vale lembrar que final de mês é uma boa época para compra de materiais, pois as lojas precisam bater meta e assim vale a pena tentar um bom desconto e foi o que consegui.
3.   Pintura: A mão de obra para pintura não é tão barata, então colocamos a mão na massa e todos da casa trabalhamos na pintura.
4.   Forro: O forro é parte importante para o conforto, estudamos varias opções desde gesso, até forro de isopor, madeira, PVC. Aqui em SP o clima varia muito, então dentro das nossas condições, colocamos o telhado de amianto, porém em épocas de calor a casa fervia! Essa etapa da reforma conseguimos fazer quase 1 ano após a obra terminar. Pesquisei muito e a melhor opção em custo foi o forro de PVC, hoje em dia temos a opção de colocar isolamento térmico. Fiz orçamento com 3 empresas diferentes e o preço variava de R$ 6.500 sem isolamento térmico na cor branca até R$ 3.750,00 com o isolamento na cor madeira. Lógico que optamos pela opção mais em conta e não me arrependo, pois além de rápidos, fizeram um excelente trabalho.
5.    Elétrica: Trocamos a parte elétrica da casa toda, como meu padrasto tem formação na área, ele fez todo serviço. Inclusive colocou uma caixa nova com djuntores separados para cada cômodo da casa, isso nos ajudou a economizar na conta de energia.






 

Ao longo desse processo, aprendi que nem sempre é preciso ter tudo perfeito ou concluído para sentir gratidão. Cada etapa, por menor que fosse, me ensinou a ser otimista e a valorizar o que já conquistei. Trocar o piso de um cômodo ou transformar um móvel antigo não foi apenas uma questão estética, mas sim um símbolo de superação, de fazer mais com menos e de encontrar beleza nas pequenas conquistas.

Ainda há muito a ser feito, isso é fato. Meu projeto de casa dos sonhos ainda está em andamento. Mas hoje, olho para cada canto do meu lar com orgulho e gratidão, não apenas pela mudança física, mas pela reforma interna que me ensinou a ser paciente, criativa e, acima de tudo, grata.



Se você também está em uma jornada de renovação  seja de sua casa ou de você mesmo lembre-se: cada passo, por menor que seja, faz parte de uma transformação maior. E às vezes, a verdadeira beleza está em valorizar cada pequena conquista com o coração cheio de esperança.

 

 

 

 

 



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